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Este é um local de narrativas, momentos, reflexões, atividades e idéias interessantes de um homem sonhador, transparente, e que transborda a emoção em detrimento a razão...um pensador cheio de coisas para contar... !!!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Os 3 últimos desejos de Alexandre, O Grande...

1: Que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos médicos da época;

2: Que fosse espalhado no caminho até seu túmulo os seus tesouros conquistado como prata , ouro, e
pedras preciosas;

3: Que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão, à vista de todos.

Um dos seus generais, admirado com esses desejos insólitos, perguntou a Alexandre quais as razões
desses pedidos e ele explicou:

1: Quero que os mais iminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles NÃO têm poder de cura perante a morte;

2: Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem;

3: Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos e de mãos vazias partimos..."

Militares e a Memória Nacional...Excelente!!!

Olavo de Carvalho - Filósofo e Cientista Político

Como todos os meninos da escola na minha época, eu não podia cantar
o Hino Nacional ou prestar um juramento à bandeira sem sentir que
estava participando de uma pantomima. A gente ria às escondidas, fazia
piadas, compunha paródias escabrosas.

Os símbolos do patriotismo, para nós, eram o supra-sumo da
babaquice, só igualado, de longe, pelos ritos da Igreja Católica,
também abundantemente ridicularizados e parodiados entre a molecada,
não raro com a cumplicidade dos pais. Os professores nos repreendiam
em público, mas, em segredo, participavam da gozação geral.

Cresci, entrei no jornalismo e no Partido Comunista, freqüentei
rodas de intelectuais.

Fui parar longe da atmosfera da minha infância, mas, nesse ponto, o
ambiente não mudou em nada: o desprezo, a chacota dos símbolos
nacionais eram idênticos entre a gente letrada e a turminha do bairro.

Na verdade, eram até piores, porque vinham reforçados pelo prestígio
de atitudes cultas e esclarecidas. Graciliano Ramos, o grande
Graciliano Ramos, glória do Partidão, não escrevera que o Hino era
"uma estupidez"?

Mais tarde, quando conheci os EUA, levei um choque. Tudo aquilo que
para nós era uma palhaçada hipócrita os americanos levavam
infinitamente a sério.

Eles eram sinceramente patriotas, tinham um autêntico sentimento de
pertinência, de uma raiz histórica que se prolongava nos frutos do
presente, e viam os símbolos nacionais não como um convencionalismo
oficial, mas como uma expressão materializada desse sentimento.

E não imaginem que isso tivesse algo a ver com riqueza e bem-estar
social. Mesmo pobres e discriminados se sentiam profundamente
americanos, orgulhosamente americanos, e, em vez de ter raiva da
pátria porque ela os tratava mal, consideravam que os seus problemas
eram causados apenas por maus políticos que traíam os ideais
americanos.

Correspondi-me durante anos com uma moça negra de Birmingham,
Alabama. Ali não era bem o lugar para uma moça negra se sentir muito à
vontade, não é mesmo?

Mas se vocês vissem com que afeição, com que entusiasmo ela falava
do seu país! E não só do seu país: também da sua igreja, da sua
Bíblia, do seu Jesus. Em nenhum momento a lembrança do racismo parecia
macular em nada a imagem que ela tinha da sua pátria.

A América não tinha culpa de nada. A América era grande, bela,
generosa. A maldade de uns quantos não podia afetar isso em nada.
Ouvi-la falar me matava de vergonha.

Se alguém no Brasil dissesse essas coisas, seria exposto
imediatamente ao ridículo, expelido do ambiente como um idiota-mor ou
condenado como reacionário, um integralista, um fascista.

Só dois grupos, neste país, falavam do Brasil no tom afetuoso e
confiante com que os americanos falavam da América.

O primeiro era o dos imigrantes: russos, húngaros, poloneses,
judeus, alemães, romenos. Tinham escapado ao terror e à miséria de uma
das grandes tiranias do século (alguns, das duas), e proclamavam, sem
sombra de fingimento: "Este é um país abençoado!" Ouvindo-nos falar
mal da nossa terra, protestavam: "Vocês são doidos. Não sabem o que
têm nas mãos". Eles tinham visto coisas que nós não imaginávamos,
mediam a vida humana numa outra escala, para nós aparentemente
inacessível. Falávamos de miséria, eles respondiam: "Vocês não sabem o
que é miséria". Falávamos de ditadura, eles riam: "Vocês não sabem o
que é ditadura".

No começo isso me ofendia. "Eles acham que sabem tudo", dizia com
meus botões. Foi preciso que eu estudasse muito, vivesse muito,
viajasse muito, para entender que tinham razão, mais razão do que
então eu poderia imaginar.

A partir do momento em que entendi isso, tornei-me tão esquisito
para meus conterrâneos como um estoniano ou húngaro, com sua fala
embrulhada e seu inexplicável entusiasmo pelo Brasil, eram então
esquisitos para mim.

Digo, por exemplo, que um país onde um mendigo pode comer
diariamente um frango assado por dois dólares é um país abençoado, e
as pessoas querem me bater.

Não imaginam o que possa ter sido sonhar com um frango na Rússia, na
Alemanha, na Polônia, e alimentar-se de frangos oníricos.

Elas acreditam que em Cuba os frangos dão em árvores e são
propriedade pública. Aqueles velhos imigrantes tinham razão: o
brasileiro está fora do mundo, tem uma medida errada da realidade.

O outro grupo onde encontrei um patriotismo autêntico foi aquele
que, sem conhecê-lo, sem saber nada sobre ele, exceto o que ouvia de
seus inimigos, mais temi e abominei durante duas décadas: os
militares.

Caí no meio deles por mero acaso, por ocasião de um serviço
editorial que prestava para a Odebrecht que me pôs temporariamente de
editor de texto de um volumoso tratado: "O Exército na História do
Brasil".

A primeira coisa que me impressionou entre os militares foi sua
preocupação sincera, quase obsessiva, com os destinos do Brasil.

Eles discutiam os problemas brasileiros como quem tivesse em mãos a
responsabilidade pessoal de resolvê-los. Quem os ouvisse sem saber que
eram militares teriam a impressão de estar diante de candidatos em
plena campanha eleitoral, lutando por seus programas de governo e
esperando subir nas pesquisas junto com a aprovação pública de suas
propostas.

Quando me ocorreu que nenhum daqueles homens tinha outra expectativa
ou possibilidade de ascensão social senão as promoções que
automaticamente lhes viriam no quadro de carreira, no cume das quais
nada mais os esperava senão a metade de um salário de jornalista
médio, percebi que seu interesse pelas questões nacionais era
totalmente independente da busca de qualquer vantagem pessoal.

Eles simplesmente eram patriotas, tinham o amor ao território, ao
passado histórico, à identidade cultural, ao patrimônio do país, e
consideravam que era do seu dever lutar por essas coisas, mesmo
seguros de que nada ganhariam com isso senão antipatias e gozações.

Do mesmo modo, viam os símbolos nacionais - o hino, a bandeira, as
armas da República - como condensações materiais dos valores que
defendiam e do sentido de vida que tinham escolhido. Eles eram, enfim,
"americanos" na sua maneira de amar a pátria sem inibições.

Procurando explicar as razões desse fenômeno, o próprio texto no
qual vinha trabalhando me forneceu uma pista.

O Brasil nascera como nação entendida histórica na Batalha dos
Guararapes, expandira-se e consolidara sua unidade territorial ao
sabor de campanhas militares e alcançara pela primeira vez, um
sentimento de unidade autoconsciente por ocasião da Guerra do
Paraguai, uma onda de entusiasmo patriótico hoje dificilmente
imaginável.

Ora, que é o amor à pátria, quando autêntico e não convencional,
senão a recordação de uma epopéia vivida em comum?

Na sociedade civil, a memória dos feitos históricos perdera-se,
dissolvida sob o impacto de revoluções e golpes de Estado, das
modernizações desaculturantes, das modas avassaladoras, da imigração,
das revoluções psicológicas introduzidas pela mídia.

Só os militares, por força da continuidade imutável das suas
instituições e do seu modo de existência, haviam conservado a memória
viva da construção nacional.

O que para os outros eram datas e nomes em livros didáticos de uma
chatice sem par, para eles era a sua própria história, a herança de
lutas, sofrimentos e vitórias compartilhadas, o terreno de onde
brotava o sentido de suas vidas.

O sentimento de "Brasil", que para os outros era uma excitação
epidérmica somente renovada por ocasião do carnaval ou de jogos de
futebol (e já houve até quem pretendesse construir sobre essa base
lúdica um grotesco simulacro de identidade nacional), era para eles o
alimento diário, a consciência permanentemente renovada dos elos entre
passado, presente e futuro.

Só os militares eram patriotas porque só os militares tinham
consciência da história da pátria como sua história pessoal.

Daí também outra diferença. A sociedade civil, desconjuntada e
atomizada, é anormalmente vulnerável a mutações psicológicas que
induzidas do Exterior ou forçadas por grupos de ambiciosos
intelectuais ativistas apagam do dia para a noite a memória dos
acontecimentos históricos e falseiam por completo a sua imagem do
passado.

De uma geração para outra, os registros desaparecem, o rosto dos
personagens é alterado, o sentido todo do conjunto se perde para ser
substituído, do dia para a noite, pela fantasia inventada que se
adapte melhor aos novos padrões de verossimilhança impostos pela
repetição de slogans e frases-feitas.

Toda a diferença entre o que se lê hoje na mídia sobre o regime
militar e os fatos revelados no site de Ternuma vem disso. Até o
começo da década de 80, nenhum brasileiro, por mais esquerdista que
fosse, ignorava que havia uma revolução comunista em curso, que essa
revolução sempre tivera respaldo estratégico e financeiro de Cuba e da
URSS, que ela havia atravessado maus bocados em 1964 e tentara se
rearticular mediante as guerrilhas, sendo novamente derrotada.

Mesmo o mais hipócrita dos comunistas, discursando em favor da
"democracia", sabia perfeitamente a nuance discretamente subentendida
nessa palavra, isto é, sabia que não lutava por democracia nenhuma,
mas pelo comunismo cubano e soviético, segundo as diretrizes da
Conferência Tricontinental de Havana.

Passada uma geração tudo isso se apagou. A juventude, hoje, acredita
piamente que não havia revolução comunista nenhuma, que o governo João
Goulart era apenas um governo normal eleito constitucionalmente, que
os terroristas da década de 70 eram patriotas brasileiros lutando pela
liberdade e pela democracia.

No Brasil, a multidão não tem memória própria. Sua vida é muito
descontínua, cortada por súbitas mutações modernizadoras, não
compensadas por nenhum daqueles fatores de continuidade que preservava
a identidade histórica do meio militar.

Não há cultura doméstica, tradições nacionais, símbolos de
continuidade familiar. A memória coletiva está inteiramente a mercê de
duas forças estranhas: a mídia e o sistema nacional de ensino.

Quem dominar esses dois canais mudará o passado, falseará o presente
e colocará o povo no rumo de um futuro fictício.

Por isso o site de Ternuma é algo mais que a reconstituição de
detalhes omitidos pela mídia.

É uma contribuição preciosa à reconquista da verdadeira perspectiva
histórica de conjunto, roubada da memória brasileira por manipuladores
maquiavélicos, oportunistas levianos e tagarelas sem consciência.

Perguntam-me se essa contribuição vem dos militares? Bem, de quem
mais poderia vir?

Cursos Gratuitos!!!

Fica a dica para quem quer se aprimorar ou atualizar o Curriculum:

http://www.capacitacaoemturismo.org.br/portal/matricula.php

http://www5.fgv.br/fgvonline/CursosGratuitos.aspx

http://www.senai.br/ead/transversais/

http://www.ead.sebrae.com.br/hotsite/

http://www.ev.org.br/Cursos/Paginas/Online.aspx